Ela tinha sempre a mesma mania...
Pegava as cartas recebidas e lia repetida vezes.
Hora chorava, hora ria, hora apenas ficava olhando sem revelar nenhuma expressão.
Era sempre assim, toda vez que ela queria se sentir mais perto de quem longe está. Aquele papel amassado e amarelado por causa do tempo, era a única prova de que tudo não era um sonho, de que a pessoa que ela idealizava existia e a amava. Não era imaginação, não era loucura, era realidade.
Um amor diferente, um relacionamento diferente, mas ela já estava acostumada, nada em sua vida tinha sido normal e ela não ligava para isso. Amava essa paixão avassaladora, que ninguém entendia, que ninguém aceitava, mas que a mantia com os pés no chão. Para uns era loucura, para ela a sanidade.
Os dias, os meses, os anos, nada disso importava, o tempo passavam, ela sabia, mas não ligava de esperar. Por isso continuava a enfrentar e a lutar por esse sentimento que ela era capaz de dar a vida para se ver se concretizar.
by Géssica Moura
@gdeeper
pennydreams.tumblr.com
