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segunda-feira, março 29

Interligados

Me preocupo
E de alguma forma tenho pressentimentos
Muitas das vezes não tão bons
E muita das vezes não sei explicar
São coisas que eu sinto
Que eu quero
Que eu penso
Que eu me preocupo
Que eu almejo
Que eu necessito
Que eu sonho
Que eu não entendo
Que eu vejo
Que eu sei que acontecerão
Que eu vou conseguir ...
Todas elas me levam a você
Por ser a minha razão
A fonte dos meus pensamentos
Meus sentimentos
E por ser o meu T U D O
As coisas de alguma forma se interligam a você
E então só sei te imaginar e te querer.
by Géssica Moura 
to Daniel Verussi

quarta-feira, março 10

Change

'' As coisas não mudam ....
O que muda são as pessoas. ''

Se as pessoas não mudassem nada mudaria. Percebo que se as pessoas continuassem as mesmas, com os mesmos gostos, estilos, opiniões, desejos, sonhos e necessidades tudo ficaria no mesmo, nada mudaria e o pior no fim tudo acabaria monotono e sem graça. Está ai a necessidade que temos de mudar. Mudamos a si próprios, mudamos jeitos, mudamos o mundo e até tentamos mudar os outros. O ser humano não consegue se contentar com as coisas como estão e sente necessidade de muda-las. Nunca nos contentamos o que somos e com o que temos, sempre arrumamos uma maneira de tentar mudar. O pior de tudo é que mudamos, mas muita das vezes não admitimos que mudamos, inventamos inúmeras desculpas para explicar as mudanças, mas dificilmente admitimos de primeira ''EU MUDEI'', se admitimos é para se livrarmos de algo que já não serve mas para nós, seja algo ou até mesmo pessoas. Um dia aprenderemos a parar de dizer que as coisas mudam, e admitiremos que somos nós os responsaveis por todas as mudanças, ou não.

Géssica Moura

sexta-feira, março 5

O Inesperado Acontece



Existem coisas que definitivamente a gente não precisa entender. Como por exemplo alguns amores que surgem do nada, sem planejamento e que desafiam a distância, o tempo e lógica. Sei isso porque vivo um amor assim, e nem eu mesmo entendo. Não me lembro ao certo quando começou, nem o porque e muito menos como. Mas de certa forma sei que é algo que nunca saberei explicar.
Era o ano de 2007, tinha quinze anos, a idade que toda garota espera. Creio eu que essa é a idade decisiva, onde definimos nossos gostos, nossa personalidade e saimos da pré-adolescência e entramos na ''aborrecencia''. Foi nesse ano que conheci alguém que mudaria minha vida dali algum tempo. Passei por decepções amorosas como a maioria das pessoas, chorei muito e cheguei achar que era o fim do mundo toda vez que chegava ao fim alguma paquera que eu insistia em chamar de namoro. Mas agora percebo que não passaram de simples ilusões amorosas.

O tempo passou, e dois anos depois percebi que entre erros e acertos a pessoa certa para mim estava ali o tempo todo, só eu não vi. É engraçado como a vida pode tomar novos significados de uma hora pra outra. Mas como adivinharia que o menino que um dia minha melhor amiga foi apaixonada, seria agora quem eu amava? E apesar do quanto eu fui tentando não me apaixonar pelo Daniel, não fiz um trabalho muito bom. Dava para ver isso pelo modo como meu coração começou a martelar no meu peito quando ele se declarou para mim. E assim começamos o que seria o início de um namoro que reviraria minha vida.

Mas com o início de uma história de amor veio a revolta alheia e todos os contra que impuseram sobre nós, quando souberam que estávamos juntos. E com isso uma avalanche de mentiras, falsidades e calúnias contra nós. E o pior é que nunca entendi o porque disso. Não foi fácil, mas lembro quando decidimos ignorar o orgulho ferido das pessoas que tentaram nos separar e seguir juntos.

Escolher entre a pessoa que dizia ser minha melhor amiga e a pessoa que eu amo, foi uma das coisas mais difíceis que fiz, mas não me arrependo. Escolher o Daniel, mudou minha vida e abriu meus olhos para enxergar como o mundo é. Hoje sei ver quem realmente quer ou não meu bem.
Crônica feita por mim, para um trabalho da facul.

quarta-feira, março 3

Bem Vinda Ao Mundo Real


Existem pessoas que você não precisa aprender a amar, pelo simples fato de que quando nascemos já a amamos incondicionalmente. Ninguém ensina, você nem acha uma explicação para tanto amor, mas você ama. Ama sem querer nada em troca, é o único amor que você tem absoluta certeza que é correspondido, e sabe que essa pessoa faria tudo por você, até mesmo morreria no seu lugar se fosse necessário. Não estou falando de um amor juvenil, nem de uma paixonite, mas sim de amor paternal.
Demorei para perceber o quanto realmente amava meu pai e entender que não vivo sem ele. Até que cheguei em casa um dia e através de um bilhete escrito pela minha mãe, que dizia: ''Géssica, estou no hospital com o seu pai, ele tentou se matar e agora está na UTI. Assim que chegar me ligue. Mamãe. '' percebi isso. Nessa hora vi em meu rosto uma lágrima que caiu.
Confesso que não sei explicar o que senti, só sei que meu mundo desmoronou naquela hora. Meu querido pai, estava na UTI e eu sequer sabia o motivo por que ele tentou cometer o suicídio. Óbvio que fiquei desesperada, eu tinha apenas 14 anos e o fato de pensar que ele poderia não resistir me dominou. Entrei em choque. Foram 5 longos dias, em que ele ficou correndo risco de vida. Eu não entendia os motivos dele por tentar tal tragédia, e ficava pensando porque meu pai quis me deixar? Será que ele não pensou que sem ele era impossível viver? Será que eu fui uma péssima filha, que ele não pensou em como eu ficaria sem ele? O que meu pai tinha que prefiriu a morte do que a vida? Essas e muitas outras perguntas ficavam revirando na minha cabeça.
Depois de tanta espera veio o diagnóstico médico e com ele a notícia que mudaria minha vida dali em diante. Fiquei de longe observando enquanto o médico explicava pra minha mãe o que acontecerá. Ainda me lembro do semblante dela vindo em minha direção e respirando fundo para me dar a notícia. Descobri que além de depressão profunda, meu pai também tinha uma doença rara, que infelizmente não tem cura. Falta de Lítio no cérebro. Lítio é um dos líquidos que coordena o funcionamento do cérebro e essa falta que ele possui, faz com que ele perca a memória rescente, se lembrando somente de coisas mais antigas e importantes que aconteceram antes dessa crise.
O mais dificil depois disso, foi que meu pai teve que se afastar do trabalho. E como sua carteira de motorista foi retida por causa do tratamento, ele não pode mais voltar a exercer sua função, pois ele era motorista de ônibus e ficou impossibilitado de dirigir e entrou em fase de tratamento pelo INSS.
Já se passaram 4 anos e meio desde o acidente. Minha vida mudou completamente. Tive que abrir mão de várias coisas para dedicar meu tempo a ele, nas horas em que ele precisa de mim. Tive que rejeitar a possibilidade de fazer faculdade no Rio Grande do Sul, pois como sou filha única, morar em outro estado e deixar meus pais sozinhos, estava fora de cojitação. Demorei um tempo pra me adaptar, acordar pro mundo real e entender os problemas do meu pai. Confesso que foi, ou melhor continua sendo dificil, mas a cada dia em que acordo e vejo que ele está vivo, me dá forças pra prosseguir.

Géssica Moura
Cronica feita por mim para um trabalho da facul.