Já passava das oito horas da noite e eu parecia estar presa em um dos meus pensamentos e por mais que eu lutasse para sair dele, não conseguia. Lembro me de ter tentado por inúmeras vezes pensar em outra coisa, mais nada fazia meu pensamento mudar. Podia ser obsseção talvez, não sei explicar.
O que eu não entendia é que aquilo não era um sonho, então porque eu não conseguia me livrar dele? Mas eu já devia estar acostumada com isso, sempre que coloco algo na cabeça não há Cristo que consiga tirar. Apertei os olhos e respirei fundo, uma , duas , três vezes então abri eles e tentei clarear a mente, porém foi mais uma tentativa inútil.
Eu poderia tentar dormir, mesmo sendo cedo, porém o medo de fechar os olhos e meu pensamento se tornar um sonho mais real me dominou e então resolvi ficar acordada. Liguei o som, estava sozinha em casa então os únicos sons que ouvia era o barulho da chuva lá fora, e solo do piano da minha canção preferida. Me esparramei na cama e fiquei olhando pro teto, agarrada num ursinho, que eu chamava de Teddy (...)
Odiava saber que o que eu tentava ocultar da minha memória era você. Eu costumava amar pensar em você, mais desde que decide que pra seguir em frente é melhor excluir qualquer ligação com você, não tinha porque continuar pensando em ti.
Mas quanto mais eu luto mais você permanece em mim. Acho que esse é o momento certo de entender que é inevitável te esquecer.
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